domingo, 29 de abril de 2012

Senado aprova venda de medicamentos em supermercados e põe saúde da população em risco


O perigo relacionado à venda de medicamentos em supermercados volta a rondar a população brasileira. O Plenário do Senado acaba de aprovar o Projeto de Lei de conversão 7/2012, decorrente da Medida Provisória (MP) 549/2011, facultando a comercialização de MIPs (Medicamentos Isentos de Prescrição), em supermercados, armazéns, empórios e lojas de conveniência. “Estamos perplexos, diante de um retrocesso tão grande que, certamente, colocará em risco a saúde dos brasileiros”, declarou o Presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Walter Jorge João. A sua esperança está no veto presidencial. “Acreditamos no bom senso da Presidenta Dilma Rousseff”, declarou.
A MP 549/11 isenta do pagamento do PIS/Pasep e Cofins 22 produtos destinados a pessoas com deficiência. Quando esteve, na Câmara, a MP ganhou um dispositivo do Deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), autorizando a venda de medicamentos fora das farmácias e drogarias. Naquela Casa legislativa, o texto de Mabel foi rejeitado por 246 votos a 81 e duas abstenções.
No Senado, onde foi votada e aprovada, hoje (25.04.12), às 17h53, a matéria levou a denominação de MP 549-B. A decisão dos senadores, de acordo com o Presidente do CFF, é “perniciosa”. Segundo ele, medicamento não é uma mercadoria qualquer que possa ser oferecida ao público, sem nenhum controle sanitário. “A decisão do Senado é uma indução à automedicação e ao uso irracional desses produtos”, alertou Walter Jorge.
Mas ponderou que os Senadores podem não ter sido bem orientados, ou não tiveram tempo para conhecer a matéria em sua inteireza, vez que a Medida Provisória traz como foco a isenção da carga tributária para produtos dirigidos a pessoas com deficiência, o que, de fato, tem um grande alcance social. “O problema é que, no meio da MP, foi incluída a venda de medicamentos em supermercados, o que eu inclusive considero um aditivo fora de contexto e que, certamente, não foi observado pelos Senadores”, previu Walter Jorge.
A preocupação do Conselho Federal de Farmácia é quanto aos perigos a que será exposta a população. Dr. Walter Jorge observa que o brasileiro já figura entre os povos que mais se automedicam, situação que gera um alto número de intoxicações medicamentosas.
Vender medicamentos isentos de prescrição, em estabelecimentos não identificados com a saúde, fora do controle sanitário e na ausência do farmacêutico, responsável pela orientação sobre o uso correto desses produtos, segundo o dirigente do CFF, só tem uma explicação: atender ao interesse econômico.
Walter Jorge lembra que, há mais de 20 anos, o setor supermercadista vem pressionando o Legislativo e o Governo, com vistas a obter autorização para comercializar medicamentos, com vistas a aumentar a sua margem de lucro. “Será uma farra do interesse em cima da saúde do povo brasileiro, que passará a comprar medicamento a rodo, motivado por campanhas publicitárias do tipo leve três e pague dois. Mas temos uma grande esperança em que a Presidente Dilma Rousseff vete essa aberração, sob pena de o Governo perder o controle no setor de saúde”, advertiu o Presidente do CFF.
Outra advertência de Dr. Walter Jorge dirigida à população é quanto ao “mito” de que medicamentos isentos de prescrição não fazem muito mal. Ele declara: “Não há um único medicamento que não possa provocar reação adversa, em maior ou menor grau.
O Presidente do CFF lembrou, ainda, que o País está discutindo a logística reversa cujo objetivo é descartar corretamente os medicamentos. É uma ação na qual as farmácias têm um papel preponderante, vez que o descarte seria feito pelos usuários dos produtos, nos estabelecimentos farmacêuticos que, por sua vez, promoveriam a destinação final. “Agora, imagine o leitor se uma mercearia vai promover o descarte correto de medicamentos”, ironizou.
Dr. Walter Jorge adiantou que irá procurar as autoridades sanitárias e as lideranças farmacêuticas, com vistas a desencadear medidas urgentes que levem ao veto presidencial. “Todas as autoridades sanitárias, profissionais da saúde e sociedade estarão unidos em favor do veto presidencial, porque o maior interesse a se defender é o da preservação da saúde da população”, previu o Presidente do CFF.



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sábado, 14 de abril de 2012

Aberto prazo para opinar sobre disposição de medicamentos nas farmácias

13 de abril de 2012 Medicamentos no balcão da Farmácia.
Está aberto o prazo de trinta dias para que a sociedade envie à Anvisa as sugestões ao texto da consulta pública que trata da exposição dos  medicamentos isentos de prescrição, no balcão das farmácias e drogarias.
A Consulta Pública 27/2012 , publicada nesta sexta-feira (13/4), no Diário Oficial da União (DOU), permitirá que se elabore uma norma para regulamentar, entre outros aspectos, o posicionamento dos medicamentos livres de prescrição, em farmácias e drogarias.
O texto da   CP 27/2012 propõe, também, a revogação de uma instrução normativa da Anvisa, publicada em 2010, que trazia a relação dos medicamentos isentos de prescrição que poderiam permanecer ao alcance dos consumidores.
A Diretoria Colegiada da Anvisa aprovou a CP 27/2012 em reunião, na primeira semana de abril. Para acolher a consulta, os diretores analisaram o estudo apresentado pelo grupo de trabalho que avalia o marco regulatório dos medicamentos isentos de prescrição. 
De acordo com os dados do grupo de trabalho, a resolução  que colocou os medicamentos isentos de prescrição atrás do balcão, a RDC 44/2009, não tem contribuído para reduzir o número de intoxicações. Segundo o mesmo parecer,  após aquela norma ter sido editada, observou-se, inclusive, uma maior concentração de mercado.
As sugestões à CP 27 podem ser encaminhadas por escrito para a sede da Agência, em Brasília (Setor de Indústria e Abastecimento - SIA, Trecho 5, Área Especial 57 - Brasília- DF, CEP 71.205-050), por email, no endereço  cp27.2012@anvisa.gov.br, ou por fax: (61) 3462-5674.
Confira a íntegra da CP 27/2012
Ana Júlia Pinheiro - Imprensa/Anvisa

domingo, 1 de abril de 2012

Confira o calendário oficial de vacinação de 2012


info vacina calendário

Sistema de gerenciamento de produtos controlados completa cinco anos de funcionamento


30 de março de 2012
Logomarca do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados
Neste dia 30 de março, o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) completa cinco anos de funcionamento nas farmácias e drogarias do país. Atualmente, o sistema tem uma média de 130 mil acessos por dia e recebe mais de 11 mil arquivos de movimentação de medicamentos diariamente, encaminhados por mais de 47 mil estabelecimentos farmacêuticos distribuídos em 4.186 municípios brasileiros.
A expectativa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é de que esses números aumentem significativamente a partir de janeiro de 2013, quando os medicamentos antimicrobianos serão incorporados ao SNGPC.
A implantação desse sistema de informação em vigilância sanitária estabeleceu mudanças significativas na forma de controle e monitoramento dos medicamentos relacionados na Portaria SVS/MS nº 344/98. Anteriormente, o controle era feito manualmente, por meio de registro em livros e de balanços (trimestrais e anuais) encaminhados à vigilância sanitária. Esse processo de trabalho, de certa forma, dificultava a produção de informação para tomada de decisão, ação e geração de conhecimento.
Com o SNGPC, todas as farmácias e drogarias que comercializam medicamentos controlados podem enviar os dados de movimentação desses produtos – aquisição, prescrições/receitas dispensadas, perda e transferências – em tempo quase real (períodos de até sete dias). Esse processo permite que profissionais e gestores do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) disponham de informações qualificadas, que fazem diferença nas ações de vigilância e regulação.
Resultados
O sistema tem contribuído de forma efetiva na definição de ações regulatórias e de vigilância sanitária que promovem a proteção da saúde da população brasileira. O SNGPC foi um instrumento importante no processo regulatório definido para os inibidores do apetite, que culminou com o cancelamento de alguns desses produtos no mercado brasileiro.
O SNGPC também tem sido utilizado no planejamento de operações de inteligência deflagradas pela Anvisa em conjunto com a Polícia Federal, bem como nas ações de fiscalização desenvolvidas pelos entes que compõem o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. A implantação do SNGPC foi reconhecida pela JIFE em relatório publicado anualmente por essa entidade ligada a ONU. Outra contribuição relevante do sistema tem sido na produção de conhecimentos relacionados com estudos de utilização de medicamentos no país.
Atualmente, pode-se contar com informações estruturadas sobre o consumo de medicamentos no país, por meio do Boletim de Farmacoepidemiologia do SNGPC e do Mapa Interativo de Farmacoepidemiologia.  O sucesso do SNGPC pode ser atribuído aos esforços empreendidos pela Anvisa, pelas vigilâncias sanitárias estaduais, distrital e municipais, e pela Comissão de Implantação e Acompanhamento do Sistema, integrada por representantes de diferentes segmentos da sociedade civil organizada no país. Ademais, durante esses cinco anos, o papel do profissional farmacêutico tem sido também fundamental para a produção de informações qualificadas sobre o consumo dos medicamentos da Portaria SVS/MS nº 344/1998 no país.
Cofira as atividades programadas em comemoração aos cinco anos do SNGPC:
- Quatro reuniões especiais com a Comissão Externa de Implantação e Acompanhamento do SNGPC, em 2012;

- III Encontro dos Gestores do SNGPC, com participação das entidades envolvidas com o sistema;
- Atualização do mapa interativo de farmacoepidemiologia, com dados sobre os cinco medicamentos da Portaria SVS/MS nº 344/98 mais consumidos nas unidades da federação;
- Lançamento do manual do SNGPC;
- Inauguração da atividade “Arte e Ciência no Serviço”, com o objetivo de promover a atualização profissional dos técnicos da Anvisa;
- Lançamento das edições 3 e 4 do Boletim de Farmacoepidemiologia do SNGPC;
- Lançamento da versão 2.0 do sistema, com disponibilização para testes em setembro de 2012, entre outras.
Imprensa/Anvisa