quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Rio de Janeiro dá mau exemplo: Os técnicos como RT em farmácias.


É certo que o técnico de farmácia pode revolucionar – para melhor - o serviço de farmácias e de drogarias no Brasil. Pessoal habilitado para se posicionar no balcão e atender melhor o público à luz do conhecimento técnico em farmácia, é imprescindível em uma sociedade esclarecida e cada vez mais exigente.
Quanto mais técnicos, atendendo a população e regulados por conselhos de classe, melhor para o cidadão, assistida hoje por muitos indivíduos travestidos de balconistas de farmácia (nada contra a classe) e exercendo a tão famosa (e danosa) empurroterapia.  Temos técnicos no país de várias profissões que asseguram serviços e produtos feitos com qualidade e segurança.
Hoje, muitos dos experientes balconistas brasileiros estão fazendo o curso técnico e as faculdades de farmácia. Isto é bom para aqueles que investem em suas carreiras; é ótimo também para os consumidores.
Não podemos, no entanto, confundir um serviço correto com a figura de Responsável Técnico; figura esta cujas responsabilidades estão sob o crivo ético e legal. Em outras palavras, esta responsabilidade tem de ser exclusiva daqueles profissionais que foram preparados e estão habilitados pelos bancos das universidades a exercê-la na plenitude e com conhecimento real.
Para aqueles que cuidam desta questão no Rio de Janeiro (Brasil) – ou deveriam cuidar – esta não é uma questão definitiva (ou não é importante...). Ao contrário, estamos vivendo um momento no qual existe uma corrente que se empenha em transformar em lei, o direito de os técnicos assumirem a responsabilidade técnica em farmácias e drogarias. Estão estes técnicos, segundo a mídia, bem amparados em uma caminhada que se desenha agora através do Projeto de Lei 3360/12, do deputado Paulo Feijó (PR-RJ). É argumentação para tal, pelo menos para tal deputado, que faltam farmacêuticos presentes em farmácias e drogarias em seu horário de funcionamento, apesar da previsão legal.

O projeto está em tramitação na Câmara...
Aprovado, este projeto fará do Rio de Janeiro um verdadeiro (mau) exemplo e (má) referência para todo o país e poderá ser usado como bandeira para os demais estados do Brasil criarem projetos semelhantes e aprovarem leis neste sentido.

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